quinta-feira, julho 06, 2006

Gosto-te..e gosto gostar-te..de mansinho

“Hoje ás 4 horas e 11 minutos faremos amor..
Vem e rasga-me o vestido...encosta o teu corpo ao meu.
Vem e lembra-me do teu sexo, do teu cheiro..do nosso desejo.
Vem que a minha boca tem já sede da tua e o meu corpo fome do teu.. Sexo, orgasmos, tesão, beijos, suor, orgasmos, gemidos,tesão, orgasmos, orgasmos, tesão....arranha-me a pele, marca-me de ti para que te sinta comigo...

Mas amor, desta vez, se vieres, vem devagarinho, chega de mansinho que tenho já a alma cansada e as asas doridas das quedas.. desta vez amor, arrisca o voo que eu falei já com os deuses e eles garantem ventos a favor..”

Tinham ambos fome de sentimentos, fome de afectos, fome de amor..tesão..

Ela deixou-lhe a porta do quarto entreaberta, havia na verdade pensado em fecha-la mas o vento teimava em fazer corrente de ar ..e assim ficou entreaberta por vontade própria do vento..por mais que vontade ,ainda que nem sempre assumida, dela..
E foi assim que ao deixar-lhe a porta do quarto aberta lhe pediu que entrasse de mansinho e a fechasse..cama, abraços, mimos, festinhas de pontinhas de dedos..e ela esperavam-no lá dentro, não necessitavam mais de portas abertas, bastavam-lhe janelas e por elas voariam..
Ele era homem passaro, na verdade menino e ela, ela, não lhe pedia nada em troca, apenas abraços ao dormir e que viesse de mansinho..e sem ter medo, sem fugir se deixasse ficar.. se deixasse tentar..

7 Comments:

Blogger Jobim said...

gosto de toda esta excitação marcada :)*

beijo

2:54 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

como é que alguém poderá ter medo com palavras assim?! escreves lindamente. Vi o teu blog no eroticidades e resolvi entrar, infelizmente vi lá que te mudaste para o rés do chão. Quando sobes? Pelo que percebi lá eram todos reais e aqui podes estar so a fingir certo? nao finjas, nao me parece que o fingimento fique a condizer com aquilo que pelo menos me pareces ser. Escreves lindamente como ja disse, quer no ultimo andar quer nos res do chao, prefiro no entanto que voes e eu os saiba sempre sentidos. mais que nao seja porque como alguem ja disse aqui é facil gostar de ti e querer que voes =D


beijo da andreia( vou voltar mais vezes mas como tambem ja foi dito por alguem, vou passar sempre primeiro pelo ultimo andar )

3:24 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Já não passava por estes lugares de encontro-virtual há muito muito muito tempo... mas arrepiou-me encontrar-te no rés-do-chão! se bem que do piso mais agarrado aos pés-na-terra também se possa ver tudo de nova perspectiva, talvez mais crua, talvez mais seca, talvez com mais cheiro a terra acabada de molhar pela chuva... oh, como gosto do cheiro de terra húmida!
Bem, mas não foi para falar de terra e de pés que cá parei! Vim para falar de outras formas de abrir as asas e voar: caminhando! é que o caminho (ou vida, como há quem lhe chame) o caminho faz-se caminhando! e só a partir do rés-do-chão se pode partir para cada novo passo!

Beijo grande! (da maria, já só com o Assis no pensamento! que ele fez-se passarinho e partiu voando para onde só os cães amigos sabem seguir quando a eles é chegada a hora!)

1:58 da tarde  
Blogger maria ninguem said...

sentia a tua falta maria, sinto..
já lá vao uns aninhos e ..continuo a lembrar o dia em que o meu avô voou e a forma como no meio daquela gente toda ..é ad tua cara que mais me recordo..
sim, desci ao rés do chão..entretanto tive um voo breve e porque os deuses me tramaram cortei as asas sem nem reparar e estatelei-me no chão..estou ja mais recuperada agora , mais calejada, mais fria..mais racional..mas a noticia do assis ,agora cão passarinho ,fez desmoronar em mim um amontoado de sentimentos..dou por mim com saudades tuas, dos natais em minha casa, do bicho cão, do olhar arregalado e da boca babada a olhar para a comida dos bichos homens..já nao tinha noticias tuas ha mt tempo, nao te escrevias nem me escrevias e por razoes que a propria razao desconhece ( como dizia o outro)cada palavra tua, cada visita continua a soar-me a abraço..
volta sempre maria..aqui no rés do chao as coisas sao mais frias mas para ti ha sempre um calorzinho especial:D

3:38 da tarde  
Blogger Vanessa said...

Eu pergunto-me sempre o que te motivará na escrita. Custa-me pensar que tudo isto é meramente imaginário, soa-me a algo cru demais para ser puramente criado por ti..isto tem de ser teu. E sinceramente te digo que pouca escrita existe que me faça acender o espirito da maneira que ele se acende quando leio o que escreves...é demaisado perfeito, demasiado real, demasiado pessoal. Pessoal para quem lê, percebe e gosta.

Eu li, percebi e gostei..beijinho!

10:55 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Minha Querida,

Permite-me, como quase sempre, começar por dizer que te Adoro. Gosto dos sentimentos assim. Soltos, sem pudores, sem "não dever" e "não poder".

"Devemos" tudo, "podemos" mais ainda.

Eu "posso" dizer que te Adoro, porque sinto que te adoro - Não gosto de complicar.

Dizia Pessoa qualquer coisa nos moldes de "(...) O Sol não se fez para pensarmos nele, mas para o sentirmos e estarmos de acordo (...)" - Acho que esta ideia é fundamental... "Estou de acordo"... O tipo da RFM é que tem razão... "Já agora, vale a pensa pensar nisto"

Pessoa tinha ainda outro trecho muito bonito em que dizia alguma coisa do tipo de "nada teu ser exagera ou exclui" - Já te disse que gosto muito de ti?

Acabei de falar contigo e lembrei-me de vir escrever-te umas linhas...

Espero que corra tudo bem amanhã...

Bons ventos, em altitude, e dentro de ti.

Um grande abraço, de um amigo que te adora, Tiago Albarran

PS - Mudei de mail (tiago.gds.albarran@gmail.com)

4:20 da manhã  
Blogger homesick.alien said...

muito albértico...cheguei por acaso e gostei do que li.até breve*

5:43 da tarde  

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